domingo, 19 de dezembro de 2010

Extrema dimensão

Sei que o tempo vai através de manhãs mais distantes
desejei o tempo pra me curar, tempo deserto, com a demora do vento

e começa a mudar sob meus sonhos, na minha fronteira
atráz de vales frios, vem, vem .. mas nunca chegava

sinto que hoje me aproximo,
não olhei para tráz e cá estou
numa estrada próxima, onde há uma bruma que se move
resisto ao lado dessa estrada,
mas agora o vento valsa e a poeira sufoca a visão
não contei ao mundo da chuva que caía
não contei sobre a minha direção

Não disse a ninguém da luz que havia se apagado
ela viveu de novo esta noite,
agora eu posso lhe contar o caminho
ainda essa noite, essa última noite

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Noite mulher (música/samba)

Quando vejo meu rosto triste assim
só mesmo dentro da noite pra alegrar
e é só aquela mulher sorrir pra mim
pra tristeza ir ao fim e alegria retomar

Estrelas que brilham fazendo amor surgir
como as poesias que leio no teu olhar
eu nem percebi o alvorecer
quem sabe a próxima noite te encontrar

A generosa madrugada
roda de samba, e o flertar de atrevida
viola recitando a toada
nessa mesa enluarada a tristeza é proibida

boemia boa com você aqui
sonho acordado onde estiver
enquanto essa noite existir
eu não penso em dormir
só pra ter você mulher

Luna amor

O amor se desfaz se alguém no meu sonho for tocar
Vou me aproximar logo do horizonte
Paguei a vida... com uma culpa que não é minha, nem sua, de ninguém
Vou sonhar ... para jamais sofrer, para eu reviver e renascer

Semprei serei seu se ninguém me chamar
Sintonizado neste sono, tão lunar
E jamais alguém me viu, tão cedo acordar
um mundo que é só para aquele que andar tão distante
Luna amor, esse amor que faz entender quem sou
para jamais sofrer, para eu reviver e renascer

Luna amor, vou te seguir
o Quasar desprezo e você é pra mim
Ninfa dos rios, mística flôr
esfera de prata , minha deusa Luna amor
vou te contemplar no olhar
para jamais sofrer, para eu reviver e renascer

Vida simples assim...

Cheiro de terra molhada... a gente sabe, logo vai chover
e mesmo assim não arredo o pé da estrada
e dessa chuva eu não vou correr
o vento chega... traz a nuvem e poesia
e cada pingo sabe onde cair.
Que seja ainda sobre mim
pois desta chuva não vou sair

traz amor e leva a coisas que não quero
lave a flôr e rega, traga amor que espero

Cada poça nesses campos verdes
me inspiram na colheita matinal
eu me deleito em farelos de frutas
é gratidão por esse temporal

meus olhos fitos nela na janela
que espera a chuva passar
o arcoiris adianta o meu convite
de pés descalços vem me encontrar

vida simples assim
então  que chova sem cessar
Fecunda meu jardim,
me traz do céu o dom de amar